“Lisboa Domiciliária” é um documentário com sete rostos. Sete idosos, escondidos atrás das paredes das casas lisboetas. Vivem em isolamento. A realizadora Marta Pessoa entrou nas suas vidas e mostra-as neste documentário que se estreia dia 16 de Setembro. O METRO esteve com ela e mostra-lhe mais sobre este projecto.
Como nasceu a ideia de fazer este documentário?
A ideia era mais sobre o isolamento em que as pessoas vivem devido a variadas circunstâncias. Eu tinha um caso próximo, o da minha avó, tinha 94 anos, e sempre fora bastante independente, gaiteira, andarilha, gostava de ir ao café, comer o seu bolinho, e de repente ficou numa situação em que deixou de conseguir movimentar-se. Mas a ideia é mais antiga. Estudei no Conservatório, que era no Bairro Alto, e de repente questionei-me porque é que as pessoas que eu via nas ruas não eram as mesmas que via nas janelas. Mas também sei que este é um problema não é específico de Lisboa, existe no Porto, Coimbra, é característico das grandes cidades. Paris tem o mesmo problema, pelo tipo de arquitectura.
Patrícia Tadeia . Metro
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